Venha ela

Sozinha, de luz apagada, num quarto novo, numa casa nova, numa cidade nova. Depois de dias tão corridos, o silêncio chega a ser desaconchegante, confesso.  

Amanhã começa uma nova etapa, a faculdade. Sinceramente nem sei o que pensar, por isso vou tentando não pensar, para não alimentar expectativas ou para não provocar a eclosão desta mixórdia de sensações que dão conta de mim, por isso venha ela. 

Tento não fazer apenas exercício no ginásio mas também no exterior. Antes corria e caminhava mas quando o plano mudou tive de reduzir a corrida ao mínimo e comecei a optar por outros exercícios mais funcionais no parque ou em casa.

Nos últimos dias tenho andado desmotivada em relação ao ginásio porque durante o dia o meu horário não tem sido compatível com o do ginásio acabando por só dar jeito ir de noite e está sempre cheio, por isso para não estar com desculpas destas, tenho optado por exercícios em casa e no parque o que tem sido ótimo. 

Quero arriscar,

quero daqui a uns anos puder olhar para trás e ver que lutei por aquilo que acreditei, que me desenrasquei, que foi difícil, mesmo quando podia ter optado pelo mais fácil segui o que me faria sentir bem e que apesar de todos os esforços, de todas as noites mal dormidas, suores frios e nervos não desisti porque é isto que eu quero e tento todos os dias chegar um pouco mais perto. E sei, sei que se já é complicado ainda vai piorar.. Mas, enquanto a minha vontade for maior que tudo o que me desmotiva, eu vou continuar a arriscar, porque também é isto que nos faz sentir vivos quando até nós mesmos não acreditamos em nós, é o arriscar, ir em frente sem saber bem o que virá, é perder o medo e deixar simplesmente as coisas rolarem e ver o que se segue, porque arriscar é sempre opção.